POLÊMICA

Denúncias de exploração infantil na Ilha de Marajó repercutem na web

A Ilha atualmente tem o Programa Cidadania Marajó, implementado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania


Acusações de exploração sexual infantil na Ilha de Marajó, localizada no Pará, voltaram a repercutir na web após a cantora paraense Aymeê denunciar a situação, novamente, em um reality show gospel chamado Dom Reality. A apresentação da jovem foi na última sexta-feira (16 de fevereiro) e emocionou jurados.

Foto: Divulgação

Aymeê não é a primeira pessoa a falar publicamente da situação na Ilha de Marajó, região com 12 municípios e cerca de 500 mil habitantes. Em 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados abriu uma investigação para apurar o assunto.

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Na época, documentos revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando crianças para se prostituirem em Belém e na Guiana Francesa. Muitos municípios da região convivem com a pobreza e a miséria, um deles, inclusive, tem o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.

Recentemente, em 2022, a ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, denunciou a exploração na ilha durante um culto evangélico. Damares chegou a dizer que crianças na região teriam dentes removidos para facilitar abusos sexuais.

A fala da ministra, na época, gerou polêmicas. Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, pediram que Damares fonecesse provas do que estava falando, mas estas não foram enviadas. Após isso, 19 procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra a ministra.

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Foto: Divulgação

Damares e a União chegaram a ser solicitadas para indenizarem a população do Arquipélago de Marajó (PA) em R$ 5 milhões por ter disseminado informações falsas.  A Ilha atualmente tem o Programa Cidadania Marajó, implementado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Este programa tem o objetivo de combater a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes na região.