TECNOLOGIA & INOVAÇÃO

Cientistas descobrem por acidente novo material ultrapreto que absorve quase 99% da luz

A descoberta foi batizada de Nxylon e pode ter aplicações na astronomia, óptica e energia solar  


Cientistas canadenses descobriram, de forma acidental,  um material super preto que reflete menos de 1% da luz visível. A descoberta pode melhorar telescópios, dispositivos ópticos e bens de consumo, como joias finas e relógios, além de tornar células solares mais eficientes.

Foto: Divulgação

A descoberta surgiu durante experimentos de pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, com plasma, para deixar a madeira mais repelente à água. Após aplicar o material nas extremidades da madeira, eles notaram que as superfícies ficaram extremamente pretas.

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“O material ultrapreto ou superpreto pode absorver mais de 99% da luz que incide sobre ele, mais do que a tinta preta normal, que absorve cerca de 97,5% da luz. A composição do Nxylon combina os benefícios dos materiais naturais com características estruturais exclusivas, tornando-o leve, rígido e fácil de cortar em formas complexas”, disse o comunicado da Universidade.

A material criado foi batizado de Nxylon pela equipe, o nome faz referência a Nyx, deusa grega da noite, e a xylon, que significa “madeira” em grego. Protótipos de produtos comerciais foram produzidos com a madeira superpreta, e os pesquisadores demonstraram que o Nxylon pode substituir madeiras negras caras e raras em mostradores de relógios e a pedra preciosa preta ônix usada em joias.

No futuro, a equipe pretende lançar uma startup para trabalhar junto a joalheiros, artistas e designers de produtos tecnológicos, além de desenvolver um reator de plasma em escala comercial para produzir amostras maiores de madeira superpreta.

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