SAÚDE & BEM ESTAR

Pesquisa da Fiocruz aponta que crianças brasileiras estão mais altas e obesas

Os resultados indicam que o Brasil, está longe de atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS)


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um estudo desenvolvido em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais e a University College London, onde aponta que as crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas.

Foto: Divulgação

De acordo com pesquisadores, os resultados indicaram que, entre 2001 e 2014, a estatura infantil, em média, aumentou 1 centímetro. A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Regional Health – America e é baseada na observação das medidas de mais de 5 milhões de crianças brasileiras.

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O excesso de peso e obesidade também teve aumento considerável entre os dados analisados. A prevalência de obesidade entre os grupos analisados subiu até cerca de 3%. No caso da obesidade, a prevalência entre os meninos passou de 11,1% no primeiro grupo (nascidos até 2007) para 13,8% no segundo grupo (nascidos até 2014) o que significa aumento de 2,7%. Entre as meninas, a taxa passou de 9,1% para 11,2%, aumento de 2,1%.

Análise de dados

O estudo analisou dados de 5.750.214 crianças, de 3 a 10 anos, que constam em três sistemas administrativos: o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc) e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan).

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Os dados foram divididos em dois grupos: nascidos de 2001 a 2007 e nascidos de 2008 a 2014. Foram levadas em conta também as diferenças entre os sexos declarados. Com isso, estimou-se uma trajetória média de índice de massa corporal (IMC), e altura para as meninas, e outra para os meninos.