O presidente Lula (PT), realizou sua primeira declaração citando o nome do Hamas, nesta quarta-feira (11) sobre a guerra entre Israel e Palestina, na ocasião o petista pediu que as crianças palestinas e israelenses sejam protegidas diante dos combates. Lula declarou por meio de uma carta direta ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres e à comunidade internacional, protestando por humanidade, e solicitando um cessar-fogo, sugerindo “intervenção humanitária internacional” na região.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio. Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”.
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O petista continua a carta afirmando sua preocupação com os jovens de ambos os lados. “É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”, finalizando sua carta de apelo.
Lula e o Ministério das Relações Exteriores tem sofrido milhares de críticas nas redes sociais, por civis e parlamentares, devido à postura tomada nas notas públicas sobre as mortes de Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos, assassinados pelo grupo terrorista Hamas, em uma Rave no último sábado (7) em Israel. Nas declarações da nota oficial do Itamaraty, não há menção ao grupo terrorista e a classificação das mortes como “falecimento” ao invés de “assassinato”, sofrido pelas vítimas.
Na rede social X (antigo twitter) as notas foram classificadas pelos internautas como notícia falsa ou desinformação. Lula não havia proferido o nome do grupo terrorista desde a difusão do ataque até a divulgação da carta. Somente após a declaração do Exército israelense em nota, nesta quarta (11) que brasileiros foram identificados entre os reféns do Hamas na Faixa de Gaza obrigou o petista a fazer um apelo.
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O porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus anunciou o fato para a imprensa mundial. Segundo Conricus, além dos brasileiros, há reféns de várias nacionalidades: Argentina, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Ucrânia.