Caso da Babá agredida e novos fatos apontam a discriminação social como uma das possíveis causas


DISCRIMINAÇÃO

Cláudia Gonzaga foi agredida por esposa de policial civil no estacionamento de um condomínio em zona nobre de Manaus

O caso da babá Cláudia Gonzaga continua tendo repercussão nacional e mais uma vez foi tema em uma das reportagens do Fantástico neste último domingo (27/08). O programa trouxe à tona mais fatos sobre o caso que envolveu o policial civil Raimundo Nonato e sua esposa, a professora de educação física Jussana de Oliveira Machado, que seguem presos após agredirem a doméstica e na confusão ainda balearam o seu patrão, Ygor Colares, com um tiro na panturrilha da perna esquerda, quando o mesmo tentou defender a sua funcionária apartando a briga.

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Neste último domingo, tanto a babá quanto o advogado falaram pela primeira vez sobre esse caso de intolerância que chegou às vias de fato. “Eu só senti quando ela me empurrou e quando me virei já fui apanhando. Ela foi me batendo e me dando socos, não tive nem tempo de me defender. Eu me senti humilhada, é assim que eu me sinto”, comentou Cláudia, emocionada.

De acordo com Ygor, a primeira queixa do casal contra a babá que toma conta do seu filho de dois anos, foi em julho. “Eles (o casal) me procuraram alegando que Cláudio estava fazendo fofoca sobre os dois no condomínio. Eles ficaram irritados porque queriam que eu demitisse a Cláudia, que negou veementemente qualquer ato de fofoca”, disse o advogado.

Fotos: Internet/reprodução

Ygor também disse que ates da agressão do dia 18, já haviam acontecido dois episódios entre o casal e a babá. Ygor chegou a registrar o segundo episódio na polícia e juntamente com Cláudia deram queixa por ameaça, injúria e ofensas. Jussana por sua vez, acusou o advogado de tê-la ameaçado de morte. “Nunca a ameacei. Não faz parte da minha índole esse tipo de conduta”, afirmou Ygor.

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De acordo com o advogado dos agredidos, Josemar Berçot, “A única hipótese que nós conseguimos enxergar diante do quadro das testemunhas das situações anteriores, é que havia uma nítida discriminação contra a senhora Cláudia pela sua condição social”.  Já a defesa dos agressores nega qualquer motivação tenha sido por preconceito e afirma que o tiro não foi proposital.

A confusão ocorreu no dia 18, onde de acordo com as imagens das câmeras de segurança do condomínio, é possível ver a babá sendo agredida com socos por Jussana enquanto é observada pelo marido. No chão, ela consegue se levantar em determinado momento e pede ajuda. quando Ygor chega é agredido por Raimundo que entrega uma arma para a sua mulher, que passa a apontá-la às pessoas que se aproximam, quando o advogado caiu no chão ela disparou um tiro em direção à sua perna. A situação de violência entre vizinhos só finalizou com a chegada da polícia ao local.

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