LAMENTÁVEL

Assassinato da atriz venezuelana Julieta Martínez, no Amazonas, causa comoção em famosos e fãs

A venezuelana chegou ao Brasil em julho de 2016 e estava há quatro anos viajando de bicicleta


Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Amazonas, um casal dono de uma pousada em Presidente Figueiredo, que fica localizada cerca de 120 quilômetros de Manaus, confessou ter assassinato a artista venezuelana Julieta Hernández Martínez, de 38 anos, que estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro.

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A Polícia Civil do Amazonas confirmou que a vítima foi estuprada antes de ser morta e queimada pela dupla. O corpo foi localizado enterrado perto da pousada, em Presidente Figueiredo. A artista que atuava no Circo di SóLadies estava no Brasil desde 2015.

Martínez estava viajando de bicicleta. Ela saiu do Rio de Janeiro e planejava chegar até a cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela. A artista tinha o costume de dormir na casa de artistas ou em pousadas, segundo a polícia.

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Reação dos famosos

“Sim, ela foi assassinada na Amazônia brasileira, violada, e teve seu corpo cruelmente incendiado em vida. Mulher, palhaça, artista venezuelana. Pessoa livre a rodar a América Latina em sua bicicleta, confiando no bom senso e na bondade do ser humano. Não mais. E por quê? Por ser mulher”, começa a legenda da publicação compartilhada pelo cantor e compositor Chico César.

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“A cultura do feminicídio é isso, nossa cultura. Vejo nela muitas amigas minhas, pessoas que amo e admiro, cruzo pelo mundo. Mas não sei como proteger nesse mundo hostil a liberdade das mulheres. Até sempre, Julieta”, termina o texto, que foi compartilhado pela jornalista e apresentadora Renata Ceribelli.

Mais sobre Julieta

Migrante nômade, bonequeira, palhaça e viajante de bicicleta. É assim que Julieta Hernández se apresenta nas redes sociais. Na biografia do Instagram, que conta com mais de 10 mil seguidores, a artista leva a frase: “Minha casa é o movimento”.

A venezuelana chegou ao Brasil em julho de 2016 e estava há quatro anos viajando de bicicleta. Ela pedalava de volta ao país de origem quando foi morta. Sua última comunicação foi no dia 23, na cidade de Presidente Figueiredo, a próxima parada seria em Rorainópolis, Roraima, mas a artista não chegou ao local.