O asteroide 2024 YR4, identificado em dezembro de 2023, tem atraído a atenção de cientistas e agências espaciais devido à sua potencial trajetória de colisão com a Terra. Com um diâmetro de aproximadamente 90 metros, este corpo celeste apresenta um risco significativo, com uma chance de impacto estimada em 2,1%. Caso ocorra, a colisão poderia liberar uma energia comparável a 500 bombas de Hiroshima, suficiente para devastar uma grande cidade.

Foto: divulgação
A trajetória do 2024 YR4 abrange uma faixa que se estende do norte da América do Sul até a Ásia, passando por regiões densamente povoadas. Cidades como Chennai, na Índia, e a Ilha de Hainan, na China, estão dentro do chamado “corredor de risco”. Este cenário tem mobilizado esforços internacionais para monitorar e avaliar possíveis medidas de mitigação.
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Se o asteroide 2024 YR4 colidir com a Terra, os efeitos seriam devastadores. A explosão gerada poderia atingir até oito megatons de TNT, uma força destrutiva que remete ao evento de Tunguska, ocorrido na Sibéria em 1908. Naquela ocasião, um asteroide destruiu milhões de árvores em uma vasta área, e um impacto semelhante hoje poderia comprometer infraestruturas críticas e resultar em inúmeras vítimas fatais.
Os países sob maior risco incluem Índia, Paquistão, Bangladesh, Etiópia, Sudão, Nigéria, Venezuela, Colômbia e Equador. A localização exata do impacto influenciaria a magnitude dos danos, com regiões no final do corredor de risco possivelmente sofrendo um choque menos intenso.
Como a NASA e a ESA estão se preparando?
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A NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) estão intensificando seus esforços para monitorar o 2024 YR4. Utilizando telescópios avançados, como o Telescópio Espacial James Webb, os cientistas estão refinando cálculos sobre o tamanho e a órbita do asteroide. Sensores infravermelhos são empregados para obter dados mais precisos, ajudando a determinar os riscos reais para a Terra.
Essas observações são cruciais para planejar possíveis estratégias de mitigação. Embora a probabilidade de impacto seja relativamente baixa, a preparação para cenários adversos é essencial para minimizar potenciais danos e proteger populações em risco.
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Foto: Divulgação
O que pode ser feito para mitigar o impacto?
Em caso de confirmação de um impacto iminente, diversas estratégias de mitigação poderiam ser consideradas. Entre elas, a deflexão do asteroide por meio de colisões controladas com sondas espaciais, ou mesmo a utilização de explosões nucleares para alterar sua trajetória. No entanto, essas opções exigem um planejamento meticuloso e coordenação internacional.
Além disso, a preparação em solo, como a evacuação de áreas de risco e o fortalecimento de infraestruturas, seria vital para reduzir o número de vítimas e os danos materiais. A colaboração entre governos, cientistas e agências espaciais é fundamental para enfrentar esse tipo de ameaça global.
À medida que a data potencial de impacto se aproxima, a comunidade científica continua a trabalhar diligentemente para garantir que todas as medidas possíveis sejam tomadas para proteger o planeta e suas populações. A vigilância contínua e o avanço tecnológico são aliados importantes nessa missão de salvaguardar a Terra contra ameaças espaciais.