Um cessar-fogo entre Israel e o grupo Hezbollah entrou em vigor esta quarta-feira (27/11), depois de ambos os lados terem aceitado um acordo mediado pelos EUA e pela França, uma rara vitória para a diplomacia numa região traumatizada por duas guerras devastadoras em um ano.
O cessar-fogo prevê uma interrupção inicial de dois meses dos combates e exige que o Hezbollah ponha termo à presença armada no sul do Líbano, enquanto as tropas israelitas devem regressar ao outro lado da fronteira.
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O exército do Líbano, encarregado de ajudar a garantir que o acordo seja mantido, revelou em comunicado que se estava a preparar para se deslocar para o sul do país. Os militares pediram que os moradores das vilas fronteiriças adiassem o retorno para casa até que o exército israelita, que avançou cerca de seis quilómetros em território libanês, se retirasse.
Já nesta quarta-feira, quando o cessar-fogo entrou em vigor, às 04h (hora local), ouviram-se rajadas de tiros na capital do Líbano, em Beirute. Não ficou imediatamente claro se o tiroteio foi comemorativo, já que vários tiros foram também disparados para alertar moradores que podem ter perdido os avisos de evacuação emitidos pelo exército israelita.
Mais tarde, carrinhas com colchões, malas e até móveis passaram pela cidade portuária de Tiro, no sul, que foi fortemente bombardeada nos últimos dias antes do cessar-fogo. Alguns carros agitavam bandeiras libanesas e buzinavam, em forma de comemoração pelo acordo.