SÍNODO

Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus, participa de coletiva de imprensa no Vaticano

O sínodo da Sinodalidade está acontecendo desde o dia 4 de outubro no Vaticano, com um total de 464 participantes e o Cardeal é um dos poucos brasileiros presente


O Cardeal da Amazônia e arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, participou da coletiva de imprensa no Vaticano nesta quarta-feira (18/10), na qual falou sobre a longa experiência de sinodalidade vivenciada na Igreja da Amazônia, na qual sempre foi identificada a necessidade de ouvir todos, contando com a presença de todos os ministérios, vocações e representantes de povos tradicionais nas discussões visando melhorias na ação evangelizadora.

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Durante o Sínodo realizado durante todo esse mês em Roma, é diariamente realizada uma coletiva de imprensa para destacar alguns pontos que estão sendo tratados nos dias de assembleia, Dom Leonardo aproveitou a oportunidade e destacou a importância de conhecer a realidade e cultura dos indígenas que estão em grande número na Amazônia, sendo 70mil só em Manaus, visto que eles muito conhecem e convivem com a natureza e muito ensina sobre o meio ambiente e seu conhecimento tradicional ensina como cuidar da casa comum.

“Os indígenas nos ajudam a compreender esta relação própria com o meio ambiente. Eles nos alertam e nos ajudam a compreender a necessidade de fazer na nossa realidade o que Papa Francisco chama de casa comum. Então ouvir as nossas comunidades, esse modo sinodal, nos ajuda muito a sermos uma igreja ativa, samaritana, presente, misericordiosa, mas também consoladora”, explicou o Cardeal.

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O Cardeal falou da alegria de o sínodo estar sendo um exercício de sinodalidade, onde todos têm a oportunidade de ouvir e de expressar ideias sempre para o bem da igreja e considerando a missão da igreja. Dom Leonardo também destacou a importância de ouvir as comunidades e considerar a cultura para pensar a melhor forma de atuar, de ser presença junto aos que necessitam da igreja, destacando a realidade da Amazônia em que as mulheres são lideranças na maioria das comunidades distantes que pouco tem a presença de padres.

“Eu venho da Amazônia de uma igreja, com uma longa experiência de sinodalidade. “É uma alegria muito grande poder ver que o Sínodo está sendo um processo. Não estamos buscando logo soluções, mas estamos nos exercitando na sinodalidade durante esse Sínodo e ouvir as comunidades nos dá a noção do que as comunidades pensam, mas o que elas são, o que desejariam ser, e as necessidades que as comunidades têm. As nossas comunidades do interior, quase todas elas são dirigidas por mulheres. E as mulheres insistem em ter mais formação, para poderem exercer melhor o seu ministério, a sua liderança”, comentou.

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Informações e fotos: Ascom Arquidiocese