Uma escavação recente no templo de Karnak, próximo a Luxor, revelou um impressionante tesouro de joias e artefatos religiosos, datados de aproximadamente 2.600 anos. A descoberta foi feita por arqueólogos do Centro Egípcio-Francês para o Estudo dos Templos de Karnak (CFEETK), em parceria com o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito e o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS).

Foto: Divulgação
No local, os pesquisadores encontraram um pote quebrado contendo joias de ouro, estatuetas de deuses, contas e um broche. Os especialistas acreditam que os objetos pertencem à 26ª dinastia egípcia, período marcado por tentativas de reviver antigas tradições e fortalecer o poder dos templos religiosos.
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Entre os itens mais significativos estão pequenas estátuas representando Amon, Mut e Khonsu, três divindades centrais do panteão egípcio. Amon, venerado como rei dos deuses, foi posteriormente associado a Rá, formando Amon-Rá, símbolo do equilíbrio entre forças visíveis e ocultas. Essas estatuetas, segundo os arqueólogos, podem ter sido usadas como amuletos protetores ou adornos cerimoniais.
Por que os egípcios adoravam joias?
No Antigo Egito, as joias desempenhavam um papel muito além do estético. Elas eram consideradas instrumentos de proteção contra forças malignas e símbolo de status. Tanto os faraós quanto os cidadãos comuns usavam adornos, acreditando em seu poder de afastar doenças e perigos. Para os mortos, joias eram frequentemente enterradas junto aos corpos, garantindo segurança na vida após a morte.
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Para onde vão os achados?
Os artefatos encontrados serão restaurados e possivelmente expostos no Museu de Luxor, permitindo que o público conheça mais sobre esse período da história egípcia. Segundo Mohamed Ismail Khaled, Secretário-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades, a descoberta oferece novas hipóteses sobre a evolução do complexo de Karnak e sua relevância ao longo dos séculos.
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A escavação faz parte de um projeto contínuo para desvendar os mistérios do templo de Karnak, um dos mais importantes do Egito Antigo. O Ministro do Turismo e Antiguidades, Sherif Fathy, destacou a importância da colaboração internacional na preservação do patrimônio histórico egípcio. “Essa descoberta amplia nossa compreensão sobre as práticas religiosas e sociais da época”, afirmou Fathy.