Um levantamento feito pelo Greenpeace Brasil mostrou que o garimpo ilegal devastou 1.410 hectares de floresta em terras indígenas, em 2023. A área florestal destruída corresponde a quatro campos de futebol por dia, segundo a organização.
As áreas mais afetadas pela exploração ilegal de minérios foram as terras indígenas Yanomami, Kayapó e Munduruku. Somente na TI Kayapó, no Pará, mais de mil hectares de floresta foram perdidos para o garimpo ilegal. Com o avanço da atividade e da devastação ambiental, quatro aldeias já estariam sendo diretamente afetadas.
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Nas terras Munduruku, também localizada no Pará, são 15 aldeias sitiadas pelo garimpo ilegal. Na região, mais de 582 hectares foram devastados entre 2022 e 2023. Já no território Yanomami, apesar da intensa atuação do governo federal para expulsar os invasores da região, 238 hectares de floresta foram derrubados pelos garimpeiros.
O pico da atividade aconteceu em janeiro, ainda antes da intervenção estatal. Em fevereiro, foi identificada uma queda drástica na atividade, mas novos picos aconteceram em março e outubro do ano passado. O estudo ainda aponta que, além da destruição ambiental, outros problemas são trazidos pelo garimpo para as TIs, como a violência intensificada pelos conflitos por terra.