MEIO AMBIENTE

Ibama restringe uso de agrotóxico prejudicial a abelhas

O descumprimento da decisão do Ibama constitui crime ambiental


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) restringiu o uso de agrotóxicos à base de tiametoxam em culturas agrícolas do País. O inseticida passou por reavaliação ambiental devido ao seu impacto para as abelhas e outros insetos polinizadores, e não poderá mais ser aplicada por tratores ou aviões agrícolas.

Foto: Divulgação

A decisão publicada no Diário Oficial na última sexta-feira (23/02) veta a pulverização aérea e terrestre não dirigida ao solo ou às plantas. Reforça também restrições de uso da substância em uma série de cultivos devido à falta de informações técnico-científicas que eliminem a hipótese de risco ambiental.

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Com as novas medidas, o uso do tiametoxam como ingrediente ativo deixará de ser autorizado em 10 culturas. Entre elas, batata, berinjela, cebola e eucalipto, por exemplo. Em outros 25 cultivos, como cevada, milho, soja e trigo, a substância continuará a ser permitida com restrições.

Neles, o produto é geralmente aplicado no tratamento das sementes ou por esguicho direto no solo. Rótulos e bulas de produtos com tiametoxam deverão incluir aviso de toxicidade para abelhas, além das novas restrições de aplicação. Os inseticidas adquiridos antes da publicação da medida podem ser usados até o esgotamento ou o fim do prazo de validade.

Titulares de registros de produtos com a substância terão 180 dias para adequar seus rótulos e bulas. Até lá, devem incluir folhetos, etiquetas ou outro aviso complementar para comunicar as novas diretrizes. O descumprimento da decisão do Ibama constitui crime ambiental.

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