INOVAÇÃO & EXPLORAÇÃO

Petrobras inicia a implantação de tecnologia inédita para separação submarina de gás rico em CO2

A nova ferramenta auxiliará a Petrobras a atingir suas metas de redução da intensidade de emissões


A Petrobrás anunciou nesta terça-feira (20/02) o início do contrato de desenvolvimento e implantação do HISEP, uma tecnologia inédita patenteada pela companhia que será instalada no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. O HISEP veio para trazer um novo conceito para a produção de óleo e gás, ao viabilizar a separação submarina entre o petróleo extraído e o gás associado produzido, rico em CO₂.

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Por sua vez, esse gás será reinjetado diretamente no reservatório a partir do leito marinho. A tecnologia foi apresentada durante evento nesta terça-feira no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.  O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, e os diretores de Exploração & Produção, Joelson Mendes, e de Engenharia, Tecnologia e Inovação,Carlos Travassos, participaram do encontro.

Com o HISEP, grande parte do processo de separação deixará de ser feito na planta de processamento do navio-plataforma (FPSO) e passa a ser realizado no fundo do mar, oferecendo maior eficiência energética, reduzindo o impacto ambiental e a intensidade de emissões. O contrato abrange o projeto, construção e instalação da unidade piloto do HISEP e sua infraestrutura, incluindo a interligação com os poços produtores, injetores e a planta de processamento do FPSO Marechal Duque de Caxias (Mero 3).

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Além disso, será realizado um programa de testes com o objetivo de alcançar a maturidade comercial e tecnológica do HISEP. A unidade piloto de separação submarina HISEP será interligada ao FPSO Marechal Duque de Caxias, pertencente ao projeto Mero 3, na área do pré-sal. Esse será o quarto FPSO instalado no campo de Mero e terá capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m³ de gás por dia.

Uma das suas vantagens do HISEP é atuar também como uma tecnologia de captura de carbono e, por isso, configura mais uma ferramenta que auxiliará a Petrobras a atingir suas metas de redução da intensidade de emissões. Os contratos de afretamento e de serviços terão duração de 22 anos e meio, contados a partir da aceitação final da unidade, prevista para o segundo semestre de 2024.

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