Empresa do Polo Industrial de Manaus começam a sentir o impacto da estiagem no Amazonas


SECA DOS RIOS

A dificuldade do transporte de contêineres pelos rios poderá impactar no ritmo de produção das fábricas

A estiagem deste ano já deixou vários munícipios amazonenses em situação de atenção ou alerta pelo fato da seca dos rios amazônicos estar causando grandes transtornos em vários aspectos da sociedade, incluindo o abastecimento dos insumos das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), pois muitas cargas com produtos finalizados estão impedidas de sair do pátio das empresas para os grandes centros de consumo por meio de transporte fluvial, tendo um grande impacto na economia do Estado.

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Assim como é preocupante a saída das cargas dificultando a escoação dos produtos prontos, outro fator que já começou a deixar industriários atentos é o fato de começar a faltar matéria-prima que estão nos contêineres que não conseguem chegar pelos rios do Amazonas e isso deverá começar a afetar o ritmo de produção das fábricas. Há duas semanas, as empresas de navegação passaram a cobrar “taxas de seca”, que vão de R$ 3mil a R$ 10mil reais por contêiner e muitas delas não estão aceitando mais reservas até meados de outubro.

A situação pode afetar não só o abastecimento local, como também afetar o escoamento da Zona Franca de Manaus para o resto do país. Em virtude disso, representantes da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), se reuniram para discutir medidas que possam evitar que a vazante dos rios cause uma crise de desabastecimento do PIM.  Já o governador do Amazonas, Wilson Lima, deverá se reunir com o presidente Lula e o ministro dos Transportes Renan Filho em Brasília, para tratar de medidas de ajuda do Governo Federal ao combate aos efeitos da estiagem no estado.