ECONOMIA

Banco Central emite comunicado de dinheiro esquecido por brasileiros

O sistema abrange um total de 50,67 milhões de beneficiários, dos quais 91,58% são pessoas físicas, representando 46,4 milhões de indivíduos


O Banco Central do Brasil revelou recentemente que uma quantia significativa de dinheiro ainda está esquecida em contas de instituições financeiras. Em fevereiro de 2025, o montante total disponível no Sistema de Valores a Receber (SVR) atingiu R$ 9,024 bilhões. Este sistema foi criado para facilitar o resgate de valores que, por diversos motivos, não foram retirados por seus legítimos proprietários.

Foto: Divulgação

O relatório mais recente do Banco Central destaca que, apenas em fevereiro, R$ 258 milhões foram devolvidos aos beneficiários. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, já que milhões de brasileiros e empresas ainda não resgataram seus valores. A maior parte dos beneficiários, cerca de 63,97%, tem até R$ 10 para receber, o que demonstra a importância de conscientizar a população sobre a existência desses recursos.

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Quem são os beneficiários dos valores esquecidos?

O sistema abrange um total de 50,67 milhões de beneficiários, dos quais 91,58% são pessoas físicas, representando 46,4 milhões de indivíduos. As empresas compõem 8,42% dos beneficiários, totalizando 4,26 milhões. Em termos de valores, as pessoas físicas já resgataram R$ 6,89 bilhões, enquanto as empresas retiraram R$ 2,21 bilhões.

Os valores esquecidos estão distribuídos em várias categorias, sendo a maior parte deles proveniente de contas bancárias, com um total de R$ 5,27 bilhões. Outros R$ 2,34 bilhões estão associados a administradores de consórcios, e R$ 786,34 milhões pertencem a cooperativas. A diversidade de fontes de valores esquecidos ressalta a complexidade do sistema financeiro e a necessidade de um mecanismo eficiente para o resgate desses recursos.

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Como os valores entram no sistema de valores a receber?

Os valores esquecidos podem entrar no SVR em diversas situações. Contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas são uma das principais fontes. Além disso, cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito, tanto previstas quanto não previstas em termos de compromisso com o Banco Central, também são incluídas. Outros casos incluem cotas de capital e rateio de sobras líquidas de cooperativas de crédito, grupos de consórcio extintos e contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível.

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