Em um mundo onde o sobrepeso e o sedentarismo são comuns, doenças como o diabete tipo 2, em que o organismo não consegue usar a insulina de maneira eficaz para controlar os níveis de açúcar no sangue, tornam-se cada vez mais frequentes. O problema de saúde é diretamente influenciado por uma alimentação inadequada, cheia de alimentos processados e alto teor de gordura.
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Foto: Internet/Divulgação
Mas, além da sociedade e dos hábitos pessoais de cada um, sabemos que fatores biológicos também contribuem para o desenvolvimento desta doença. Uma descoberta importante neste sentido foi publicada na revista Cell no dia 5 de dezembro. Equipes de cientistas da Case Western Reserve University e University Hospitals, ambas nos Estados Unidos, identificaram uma enzima que interfere na ação da insulina no organismo.
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A enzima, conhecida como SCAN, ou SNO-CoA-assisted nitrosylase, liga o óxido nítrico às proteínas, incluindo o receptor para a ação da insulina. Este processo pode contribuir diretamente para o diabete tipo 2, tornando a SCAN um possível alvo para tratamentos futuros da doença. Foi a curiosidade sobre este enigma que levou os pesquisadores a investigar o papel do óxido nítrico no organismo e, consequentemente, a descobrir a enzima SCAN.
Segundo Jonathan Stamler, pesquisador principal do estudo, já se conhecia a ligação entre muitas doenças e o óxido nítrico. Mas até então não era possível usar esse conhecimento para desenvolver tratamentos específicos devido à natureza reativa da molécula. Ele explica que, ao descobrir a enzima SCAN, os pesquisadores perceberam que o seu excesso pode causar diabete. Esta descoberta indica que bloquear a enzima SCAN pode ser uma forma eficaz de prevenir o desenvolvimento do diabete tipo 2.