POLÊMICA

Universidade institui investigação após palestra com dança erótica

Historiadora e influenciadora digital Tertuliana Lustosa fez uma performance em que ela exibiu as suas partes íntimas 


A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) instaurou um procedimento administrativo para investigar a responsabilidade pela palestra com a historiadora Tertuliana Lustosa, que foi marcada por uma performance de caráter erótico dentro do ambiente acadêmico realizada nesta quinta-feira (17/10).

Foto: Reprodução Youtube

Durante uma palestra promovida pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (GAEP), a influenciadora digital de esquerda subiu em uma cadeira, levantou o vestido e expôs as suas partes íntimas. No final da performance, ela disse: “Educando com o c.”. Ela é autora da música “Murro na costela do viado”, do grupo “A Travestis”.

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A apresentação ocorreu durante a mesa-redonda “Dissidências de gênero e sexualidades”. A palestra gerou desconforto na comunidade acadêmica.  A UFMA foi obrigada a emitir uma nota de esclarecimentos obre o caso e afirmou que a cena foi “desapropriada para o momento e a construção do debate acadêmico-científico em que se encontrava”.

“Como sabido, a Universidade é um espaço plural e de diálogos, dedicado ao conhecimento, à diversidade de ideias e ao respeito mútuo. Por isso entendemos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental da academia, mas também ressaltamos a importância de se manter um ambiente harmônico e respeitoso para todos os membros da nossa comunidade”, disse a UFMA.

“Por ser um lugar de múltiplas formas de conhecimento, os cursos, de graduação e de pós-graduação, possuem autonomia para discutir os variados temas que permeiam a nossa sociedade e que se apresentam com base em diversas teorias científicas. Ressalta-se. contudo, que a UFMA não compactua com quaisquer tipos de ações que possam desrespeitar os valores e princípios basilares da instituição”, acrescentou a faculdade.

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“Todos os esforços da Universidade buscam a melhoria de uma sociedade mais justa, inclusiva e comprometida com a pluralidade de vozes e saberes em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade”, finalizou a Universidade Federal.