CASO CARIANI

PF divulga quem são os outros investigados em esquema de desvio de produtos químicos para produção de drogas

Fora o influencer fitness, o nome dos empresários Roseli Dorth e Fábio Spinola Mota também são apontados como envolvidos na investigação


O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, não é o único investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para produção de drogas, como crack. Além dele, outras duas pessoas estariam envolvidas no esquema: Roseli Dorth e Fábio Spinola Mota.

Continua depois da Publicidade

Cariani é um dos sócios da Anidrol, empresa de produtos químicos que estaria ligada aos desvios de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Além dela, também estaria no radar da PF a Quimietest, que não tem sede própria e seria um dos braços da Anidrol.

A investigação é realizada desde 2019, quando a farmacêutica AstraZeneca fez uma denúncia, em julho daquele ano. Foram apresentadas notas fiscais emitidas em 2017, referentes a movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas. Depois, a PF recebeu mais dois relatos semelhantes, da Cloroquímica e da LBS Laborasa.

Outros envolvidos

Continua depois da Publicidade

Roseli Dorth: empresária de 71 anos, é fundadora e sócia-administrativa da empresa de vendas de produtos químicos Anidrol, cuja sede é em Diadema, na Grande São Paulo. A polícia interceptou uma troca de mensagens entre ela e Cariani, onde o influenciador pede que a sócia apague as mensagens sobre um pagamento e a retirada de “sulfúrico e acetona”, para declarar falsamente em nota fiscal o tipo de produto vendido para uma empresa que não possui o registro necessário para tal.

Continua depois da Publicidade

Fotos: Divulgação/Internet

Fábio Spinola Mota: Apontado como amigo de Cariani, foi preso no semestre passado, durante uma operação da PF do Paraná, e ficou detido até o final de novembro. O inquérito aponta que o suspeito seria responsável pelas intermediações entre a empresa e o crime organizado. Mota, aliás, teria criado o e-mail de um suposto funcionário da AstraZeneca, Augusto Guerra, que teria recebido as vendas.  Ao longo da investigação, a polícia encontrou evidências de que o e-mail foi cadastrado em uma conta Outlook, e esse mesmo “funcionário” teria pago em dinheiro uma empresa de hospedagem de site.