O movimento “Goiânia, Capital de 2030” lançou a campanha de educação urbana “Ciclo é a Via”, que enfatiza a interdependência entre a massificação do uso da bicicleta e a construção das ciclovias, como elementos fundantes de uma agenda interdisciplinar de políticas públicas de meio ambiente e urbanismo sustentável, combinadas com a de lazer, saúde e transporte público de qualidade no espaço urbano.
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Segundo o idealizador do projeto, Fred Le Blue, o movimento visa promover a mudança mental e cultural de comportamento psicossocial do cidadão. “Chegou a hora de mostrar que a defesa da infraestrutura da cidade para o uso da bike como meio de transporte é um ato de amor próprio, coletivo e planetário”, afirmou Le Blue.
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Segundo o movimento, Goiânia lidera em casos de internações e óbitos, dentre todas as capitais com mais de 1 milhão de habitantes e com tráfego adensado, com uma média de 24,19 a cada 100 mil habitantes, entre 2011 e janeiro de 2021 (Ministério da Saúde). “A baixa quantidade de malha cicloviária exclusiva colaborou para que o município assumisse este protagonismo negativo”, destaca Le Blue.
Segundo o Goiânia 2030, a criação de novas ciclovias esbarra na falta de interesse da iniciativa público-privada. “Há um certo preconceito de parte do empresariado local, muito associado ao nacionalismo fascista, contra o que o veículo bicicleta representa, enquanto ideologia e estilo de vida. A “magrela” como veículo de transporte denuncia os excessos de uma calórica vida capitalista insustentável social e ambientalmente, que tem no fenômeno da obsolescência programada de automotores, a mola mestra de uma sociedade de endividamento e individualismo insustentável.
Com a sexta maior frota nacional de veículos, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran – GO), em 2022 Goiânia contava com cerca de 983.909 veículos de quatro ou mais rodas. A cidade já tem hoje mais de 1 carro para cada 2 habitantes, já que segundo IBGE, a população municipal já ultrapassa o número de que 1,5 milhões de habitantes.
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Sobre o Goiânia, Capital de 2030
O movimento “Goiânia, Capital de 2030” é um projeto de reposicionamento da identidade urbana de Goiânia por meio de educação e comunicação social, ambiental, museológica e patrimonial. Visa autenticar o imaginário e a memória coletiva da cidade, enquanto capital planejada turística, símbolo do urbanismo e ambientalismo moderno e da Revolução de 30, na iminência dos 100 anos dos antecedentes históricos e utópicos de 1930, que culminaram com a viabilidade política de sua construção em 1933.