POLÊMICA

Justiça do Rio de Janeiro destitui Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e nomeia interventor

Em 30 dias haverá uma nova eleição, mas ainda cabe recurso por parte de Ednaldo


O futebol mesmo é uma caixinha de surpresas. Mal terminou a última rodada do Campeonato Brasileiro e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e determinou a necessidade um interventor para a entidade. O escolhido pelo TJ-RJ é o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz.

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Ao fim da votação, o resultado ficou em três votos a zero pela destituição do então presidente da CBF. Em 30 dias haverá uma nova eleição, mas ainda cabe recurso por parte de Ednaldo. Votaram pela destituição o relator Gabriel Zéfiro e os desembargadores Mauro Martins e Mafalda Luchese. A demanda foi acolhida pela Justiça fluminense nesta quinta (7)

Com isso, a CBF pode, em teoria, ser suspensa, sendo impedida de participar de competições da Fifa. Porém, de acordo com informações divulgadas pela entidade suíça, a autarquia suprema do futebol entende que a decisão do TJ-RJ ocorre na esteira de uma movimentação do próprio Ednaldo, e não de agentes externos.

Entendendo o caso

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 O caso tem relação com o modo conturbado como Ednaldo Rodrigues chegou à presidência da CBF. O TJ-RJ analisou a legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela CBF e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em março do ano passado.

Na época, uma crise interna levou ao afastamento de Rogério Caboclo do comando da CBF, em meio a denúncias de assédio sexual. Rodrigues, um dos vice-presidentes à época, assumiu interinamente e procedeu com a negociação. O TAC permitiu que a Assembleia-Geral da CBF elegesse Rodrigues para o comando da entidade.

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