Uma equipe de cientistas da Texas A&M University conseguiu germinar e fazer crescer sementes de grão-de-bico em diferentes variedades de solo lunar. Partindo do princípio de que este trabalho pode ser aplicado a outras espécies de plantas, é um passo em direção a um futuro em que as bases lunares serão autossuficientes.
A sustentabilidade alimentar é um dos obstáculos mais importantes às viagens espaciais de longa duração. O fornecimento de recursos a partir da Terra não é rentável e os alimentos embalados nem sempre satisfazem as necessidades no espaço profundo.
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As plantas cultivadas em solos com maiores proporções de rególito lunar (50%, 75% e 100%) apresentaram um crescimento reduzido, com menos folhas e ramos. Este fato pode ser atribuído à falta de retenção de água no solo lunar, dificultando o fornecimento de água adequada às plantas.
As plantas sem proteção fúngicas começaram a morrer a partir da 10ª semana e, apesar da inoculação, as plantas em solo 100 % lunar apenas sobreviveram durante mais duas semanas.
No entanto, as plantas que cresceram em solos com até 75% de composição lunar apresentaram resultados mais promissores, florescendo apesar de mostrarem sinais de deficiência de clorofila.
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Esse estudo é essencial para os objetivos a longo prazo da exploração humana, à medida que avançamos para a necessidade de utilizar recursos lunares e marcianos para desenvolver fontes alimentares sustentáveis. Com o desafio de alimentar os futuros astronautas que irão residir e trabalhar no espaço profundo, essa pesquisa se torna um pilar fundamental.