POLÊMICA
A atacante da seleção espanhola se manifestou com relação ao episódio do beijo dado sem consentimento pelo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF)
O beijo forçado do dirigente espanhol Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), dado na jogadora espanhola Jenni Hermoso durante a premiação da final da Copa do Mundo Feminina pelo jeito trará sérias consequências. A Fifa abriu, nesta quinta-feira (24/08) um processo disciplinar contra o presidente após jogadora se pronunciar exigindo medidas exemplares por parte da federação.
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De férias em Ibiza com companheiras da seleção espanhola, Jenni tem evitado se expor. Em suas redes sociais, faz apenas publicações referentes à viagem, ainda comemorando a conquista do Mundial na Austrália. Para se preservar, decidiu ser representada pelo Futpro. “O meu sindicato FUTPRO, em coordenação com a minha agência TMJ, encarregam-se de defender os meus interesses e serão os interlocutores deste assunto”, diz a declaração da atacante na nota publicada pelo sindicato na quarta-feira.
O Futpro começa o comunicado condenando “condutas que atentem contra a dignidade das mulheres” e pedindo à RFEF que “implemente protocolos necessários, garanta os diretos das jogadoras e adote medidas exemplares”. Também faz um apelo ao Conselho Superior do Esporte (CSD, na sigla em espanhol) para que haja “prevenção e intervenção frente ao assédio ou abuso sexual, ao machismo e ao sexismo”. O nome de Rubiales não é citado em nenhum momento, mas o trecho final faz referência ao episódio do beijo.
O primeiro-ministro espanhol condenou a atitude, que duas de suas ministras chamaram de violência sexual e nesta quarta-feira (23/08), Rubiales foi denunciado ao Ministério Público da Espanha pelo crime de agressão sexual, o mesmo pelo qual responde o brasileiro Daniel Alves. Ele ainda éalvo de outras duas investigações no Conselho Superior de Esportes da Espanha. Na quarta-feira, a Liga Profissional Feminina de Futebol da Espanha exigiu a demissão de Rubiales. O conselho fará uma reunião extraordinária na sexta-feira (25) para debater e se decidir sobre o caso.