POLÍTICA & CIDADANIA

Governo Federal afirma que asfaltar a BR-319 está na lista de prioridade

A obra para conectar Manaus ao resto do Brasil por terra foi iniciada em 1968, no governo Costa e Silva (1967-1969), mas até hoje ainda não foi concluída


O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse em conversa com jornalistas que o asfaltamento do trecho do meio da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), é uma prioridade e que o governo quer iniciar a operação ainda neste mandato. O ministro disse também que a ausência de uma ligação rodoviária à capital amazonense foi um dos fatores que contribuiu para a falta de oxigênio que ocorreu durante a pandemia de covid-19 em janeiro de 2021.

Foto: Divulgação

A obra para conectar Manaus ao resto do Brasil por terra foi iniciada em 1968, no governo Costa e Silva (1967-1969), mas a capital amazonense permanece até hoje com o modal aéreo e fluvial como as únicas opções viáveis de conexão com o restante do país. O principal fator que impede o asfaltamento são as preocupações ambientais.

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O entendimento de alguns órgãos ambientalistas é que asfaltar a rodovia que corta a floresta amazônica vai aumentar o desmatamento na região e que o país não tem condições hoje de realizar uma fiscalização adequada para evitar o uso da BR-319 para atividades como o garimpo ilegal e a derrubada de árvores e mata nativa.

Desde 2022, o governo tinha em mãos uma licença prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a obra, mas o aval foi suspenso pela Justiça depois que o Observatório do Clima entrou com um pedido para suspensão da licença. O pedido foi acatado e o governo recorreu da decisão.

“A gente compreende que dá para fazer uma rodovia que permite às pessoas terem uma redundância de modo de transporte, além do fluvial e aéreo, ter o transporte rodoviário com segurança estratégica para a região e com sustentabilidade. Já havia a licença prévia do Ibama, mas houve um órgão não governamental que pediu a suspensão da licença. Nós recorremos e desejamos fazer”, declarou o ministro.

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